quinta-feira, 3 de março de 2011

MUDE agora

  • Cerca de 70 pessoas a trabalhar a falsos Recibos Verdes, "contratados" por uma Associação cultural sem fins lucrativos que faz de intermediário entre o MUDE e a Câmara Municipal de Lisboa

  • Uma equipa composta por estudantes do ensino superior e licenciados, recebendo 4,5 euros à hora

  • Pagamento irregular dos salários, com intervalos entre os 4 e os 5 meses (ver cronograma) desde a abertura do museu, em 2009

  • Despedimentos sem justa causa

24 comentários:

  1. Esta situação é vergonhosa!!! Portugal precisa de ver estas coisas e mudar tanto quanto o mude precisa!!!!!!

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  2. Grão a grão...
    O importante é começar a reagir.

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  3. Muitos me perguntam: "Porque é que não sais do MUDE visto que as condições são péssimas?"
    A verdade é que eu gosto muito daquilo que faço no MUDE. Adoro!
    Não gosto é de tudoo resto. De como somos tratados. Das pessoas que nos rodeiam (direcçao do MUDE e Aumento D'Ideias)que nos tratam como geração sem voz.
    Não saio do MUDE, porque quero que ele mude.
    Não vou desistir de algo que gosto de fazer, sem lutar.

    Assistente que é anónimo porque senão é despedido.

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  4. Concordo, também continuo revoltada com as condições do Mude e como os assistentes são enganados e menosprezados, mas mantenho-me lá porque gostava de ainda ter a possibilidade de ver o museu a tornar-se um museu a sério.

    Talvez um dia.

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  5. Então e tornar público o número de pessoas que foram despedidas este último mês por terem comentado ou assinado e-mails. Ou mais grave ainda, em comentário na própria página de facebook?? Como se não bastasse não pagarem, ainda vão controlar o que fazemos?

    Esta situação é gravíssima. E só chega a este ponto porque somos miúdos, e todos eles sabem disso. Não temos consciência do ponto a que eles podem ir. Mas a verdade é que são todos muito espertos, e começo a percebê-lo agora. Somos contratados pelo Aumento D'ideias, e se pensarmos bem, é a esta associação que temos de reclamar o dinheiro. A nós, enquanto contratados pela associação não nos interessa nada que a Câmara não pague. Ou seja, se quisermos juridicamente reclamar, a Câmara não tem nada a ver. E ela é até bastante esperta porque sabe que assim não suja o nome! E a Associação, não tem interesse em comprar guerra com a câmara porque se não, não renovam o próprio contrato. Que por sua vez, e para também não queimar as suas hipóteses, não nos defende como deveria defender!

    E a direcção da associação, como é que tem pago as contas das suas casas? o que é que tem comido? É que duvido que também receba os 4,5€ a recibos verdes. E duvido mais ainda que esteja sem receber desde Outubro!!

    Mas apesar destes atrasos, deve dizer-se que quem tem emitido os seus recibos verdes, actos únicos e formas de pagamento semelhantes, pagam os seus impostosinhos a tempo e horas!

    A minha pergunta é: É legal termos um contrato e numa determinada reunião ser-nos feito um ultimato relatado em acta que nos diga: agora recebem de 4 em 4 meses na melhor das hipóteses, e quem não quer adeus?

    Já alguém se lembrou de enviar este blog para o e-mail da associação, do MUDE, e da Câmara de Lisboa? Só para ver se começa a crescer a vergonha!

    Pela primeira vez na vida, Viva o anonimato!

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  6. Sinceramente, não acredito que com tal direcção o MUDE venha a tornar-se realmente um museu. A começar pela falta preocupação com a gestão de pagamento dos assistentes; a falta de humanismo para com assistentes, que não se prende apenas com o facto de não serem pagos; a exposição de peças em condições que não são adequadas; a preocupação em ser um museu com fama e não um museu que presta um serviço de qualidade e dá condições aos seus funcionários ... A lista podia continuar.

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  7. Estes assistentes são parte integrante do Museu, são a cara do Museu, no quotidiano.. E são tão importantes como os coleccionadores, os mecenas, os designers, as colecções. Todos - TODOS - fazem o Museu.

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  8. E já estamos na primeira página do google, quando se coloca no motor de busca: MUDE

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  9. Notícias do Mundo Real:
    A maioria das instituições públicas e privadas ectualmente têm pagamentos de salários em atraso.

    Pelo que percebi, neste momento estão em atraso os pagamentos relativos aos meses de Janeiro e Fevereiro.
    Os trabalhadores de McDonalds, telepizza, etc ganham menos de 4,5€/h

    Pergunta:
    Quem ganha, e o que ganha em denegrir a imagem do MUDE? Que guerra está por trás desta polémica? Se o MUDE fachasse agora, deixava de dar trabalho a estes estudantes que mesmo com atraso recebem,...
    Vamos deixar de fachadas! O que está por trás disto?

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  10. Parece-me que estes monitores / estudantes devem estar a ser instrumento de uma manobra para denegrir a imagem e para fechar o MUDE. De salientar, que o MUDE está situado num local nobre de Lisboa. Um museu não dá dinheiro, dá despesa,...

    Concordo plenamente com o comentário anterior.
    O que se passa?
    Quais são os verdadeiros objectivos desta polémica?

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  11. Acho que é óbvia a despesa dum Museu como este, mas, essa despesa, tal como a rara auto-suficiência de qualquer instituição deste género, é compensada pelo serviço público e na base cultural que promove a todos os visitantes! Que também tem vindo a falhar ainda mais com a ausência de visitas guiadas. Sem falar da programação!
    A questão vai mais longe ao abranger os métodos de funcionamento e estratégias do museu, ou seja, a má gestão, e a real falta de humanismo ao abrir um Museu que nasce já com estes problemas, o que revela aproveitamento dos trabalhadores, que não estão ali só para encher currículo, mas porque precisam mesmo de um apoio financeiro nas suas vidas.
    É um brincadeira de mau gosto a todos estes jovens e ao dinheiro investido no MUDE, pois o facto é que o Museu não parece ter dificuldades monetárias, as exposições são inauguradas, há investimento, há compra de novo material, os cocktails e caterings acontecem e cada vez melhores e a direcção do MUDE e a ASS Aumento d'ideias parece receber os seus ordenados... Portanto o que está em primeiro lugar? A imagem do MUDE ao que parece! O seu aspecto físico, mais propriamente! Que nem pelo design ou pela moda se faz ouvir! Mas sim pelo edifício escancarado, onde se corre riscos de queda sedimentos constantes, tendo já sido encerradas exposições durante o dia devido a este facto! Se a segurança também não é importante, parece-me mais uma vez que existem graves problemas no discernimento entre o que é valioso como objecto cultural, a fachada abrupta e a dignidade com que se trabalha neste sitio!
    Sem falar dos casos de má conservação ou protecção das obras, é importante não deixar de referir a forma como fomos dispensados, via Email, a falta de respeito dá a cara, além dos motivos completamente infundados, usados na tentativa de calar vozes que tentavam fazer-se ouvir!
    Parabéns ao Mude Resistence, afinal as vozes não se calaram!

    Não queremos fechar o Museu, mas será que faz sentido aberto nestas condições?
    Com que respeito?
    Com que legitimidade?
    Com que serviço público?

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  12. Basta olhar para o site oficial do MUDE para perceber que há apoios, patrocínios que justificam abertura de expsoições, coctails,...

    Dizer que "direcção do MUDE e a ASS Aumento d'ideias parece receber os seus ordenados..." É apenas supor. Não têm provas de nada, não sabem. Será que não têm também 2 meses de ordenado em atraso?

    Parece-me que há formas mais construtivas de resolver estes problemas, sem denegrir a imagem de pessoas e instituições.
    Qd se fala de respeito,... Este blog não revela qualquer respeito pelo MUDE e a ASS Aumento d'ideias. Estas pagam os ordenados (pelo que percebi têm 2 meses de atraso) e divulgam o design num local belíssimo da cidade,... Sem estes não teriam trabalho,... ou estariam a trabalhar na restauração, num trabalho menos interessante e pior remunerado.

    Continuo a perguntar:
    Quais são os verdadeiros objectivos desta polémica?

    A resposta saberemos daqui a uns meses, quando percebemos como acabou esta história.

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  13. A questão aqui não é o ordenado que se recebe. Toda a gente aceita o valor dos honorários e toda a gente aceita o regime do Recibo.
    A questão também não é atacar Associações e direcções.

    É uma luta por condições de trabalho aceitáveis, por transparência de actuações, respeito mútuo e direito ao diálogo.
    Seja no MUDE seja em outra instituição pública qualquer.
    Porque a maioria das instituições públicas estão com salários em atraso significa que não temos o direito de reagir?

    Se ninguém reage, estamos mal. Se reagimos, estamos mal. Preso por ter cão...

    O Anónimo que refere os "verdadeiros objectivos" e afirma que estamos a denegrir a imagem e a desrespeitar as entidades, é porque ainda não leu o Manifesto que este blog contém. (Está claramente a tomar partidos, mas isso é outra história.)

    (Inclusivamente, através da imagem consegue perceber que não é só o ordenado de Janeiro e Fevereiro em atraso. É toda uma situação. E nem refere que o próximo pagamento só virá em Maio/Junho.)

    O facto de alguém conseguir discordar com o que está escrito, é-me bastante preocupante.

    Por nunca ter existido reacções por parte da comunidade é que as coisas se encontram no estado insustentável em que estão.
    Só vamos perceber que temos que começar a reagir quando a Segurança Social entrar na bancarrota?

    Não me parece que uma reacção, lá porque toma lugar, seja automaticamente sinal de desrespeito e difamação.

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  14. Deve ser confusão minha mas a última vez que eu verifiquei o MUDE era um museu e não um franchise de fast food (estou certo?) portanto discutir ordenados e taxas com tipos de empresas distintas (tal como as suas regalias e contractos) é um pouco estúpido.
    A imagem do MUDE já foi danificada pelos actos das pessoas que gerem a instituição. Se houve mais tentativas ou não de a evitar tu não sabes, e por isso não puxes para o lado que te favorece. E claro, o ponto essencial: o facto deste comentário aparecer no blog e não noutro suporte evidencia até possibilidades de estes comentadores serem as pessoas implicadas neste assunto ;)

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  15. Diálogo interessante!

    Fala de falta de liberdade de expressão. São só anónimos, ninguém revela o nome.
    Fala de precaridade laboral.
    Atrasos na remuneração de trabalhadores precários.
    Ética.
    ...
    O debate começou no MUDE, já vai nos restaurantes de fast food,... o ideal era levar estas questões à generalidade do país, sobretudo a quem o (des)governa...

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  16. Geração Rasca, Geração à Rasca, Homens da Luta ganham um festival da canção,...

    Estes episódios revelam um mau estar de pessoas e instituições, faltas de diálogo (nomeadamente este blog é um conjunto de monólogos), problemas de educação, laborais, questões de liberdade,...
    São apenas uma pequena amostra de um mau estar geral. Seria bom que estas questões começassem a ser resolvidas antes de se pensar em mais pontes, combóios e coisas que tais.

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  17. Este "Anónimo" não será a própria Directora do MUDE???

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  18. Denegrir a imagem do Mude????? não se trata aqui de proteger qualquer imagem, ou direcção...Quem trabalha no Museu, não procura pôr em causa o valor da colecção Mude. Quando se trata de má gestão, não vamos andar com panos quentes para proteger a imagem de determinadas pessoas, que aliás não tem poupado esforços para construir uma imagem de prestígio para o Museu, cinismo???? Não se trata da afamada crise, e da falta de dinheiros (para algumas coisas) trata-se do total desrespeito pelo trabalho e pelos direitos das pessoas. Há e quando chegarmos ao ponto de comparar uma instituição pública como um Museu, com o Macdonalds e Pizzas, não sei o que será de nós.
    Já agora, eu não faço parte da equipa de assistentes, não tenho nenhum "objectivo", além da expressão da indignação que é aliás um direito que nos assiste a todos.

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  19. Quando chegarmos ao ponto de comparar uma instituição pública!!! com macdonalds e pizzas não sei o que será de nós

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  20. Falarem em "polémicas" e em "usar o grupo de assistentes para manobras" é querer desvalorizar a iniciativa e desviar a atenção.
    Se é feito de forma anónima é por uma razão.
    Sugerir e apontar essas ideias é ainda é mais desrespeitoso do que nos privar dos nossos direitos.
    Este blog é para divulgar um texto, nada mais do que isso... O próprio refere os objectivos de forma muito clara, tal como tudo o resto.
    E mais comentários sobre isso são absolutamente irrelevantes à questão.

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  21. Vejam a entrevista à Bárbara Coutinho na ArteCapital: http://www.artecapital.net/entrevistas.php

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  22. A única razão pela qual este bolgue existe é para dar a conhecer um problema que se arrasta há quase dois anos num instituição pública.
    Instituição esta que abre portas contando com cerca de 30 funcionários cuja forma de pagamento não tinha sido definida previamente, um acto de irresponsabilidade e falta de repeito para com os funcionárioa que neste museu trabalham.
    Esta é uma situção que se arrasta e à qual ninguem da resposta,os asssitentes continuam a ir trabalhar apesar de não receberem de forma regular, asseguram o normal funcionamento do museu sem qualquer tipo de garantias que os seus vencimentos venham a ser pagos, isto porque não existem contratos, a boa fé dos assistentes e o amor à camisola do mude é algo de louvar!

    Receber quando se trabalha é um direito irrefutável de qualquer trabalhador e os do MUDE não são excepção.

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  23. Acho piada a "alguém" continuar a insistir na ideia que existe algo, um motor que fez avançar esta "polémica", que não o verdadeiro problema em si. Este anónimo/a, ou estes, parecem não querer compreender que o corpo de assistentes é, na sua maioria, capaz de pensar pela sua própria cabeça, discernir sobre o certo e o errado, sobre justiça e injustiça. Com todo o cenário apresentado, acho estupendo alguém equacionar a hipótese de que os assistentes estão a ser manobrados, e que existe uma verdade transcendente e uma figura todo-poderosa que puxa uns cordeizitos e faz este grupo avançar... Tentou-se resolver o problema intra-muros, o resultado foi o apresentado pelo Mude Résistance. As desculpas e justificações foram as menos íntegras possíveis, bem como a forma apresentada para a resolução do "problema" - as vozes que começavam a ter mais força e a fazer-se ouvir e ecoar. O lavar as mãos e passar a batata quente surpreende pouca gente. O que surpreende, pelo menos a mim, é tentar justificar esta situação mostrando e apontando outras semelhantes. A existir comparação, que se compare com uma situação melhor, e nunca pior. Porque para mudar, é mudar para melhor...

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  24. Mas o que é que se podia esperar de uma directora - socialite daquelas?

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