quinta-feira, 31 de março de 2011

Manifestação às portas do museu, dia 1 de Abril

Caros seguidores e apoiantes,

Está convocada para esta sexta-feira, dia 1 de Abril, às 18h30, uma concentração às portas do museu, com o fim de expressarmos a nossa indignação contra a injustiça, desrespeito e desconsideração com que temos sido tratados pelas entidades directoras e coordenadoras desta instituição, nomeadamente o despedimento colectivo que hoje ocorreu sem aviso prévio.

Gostaríamos de poder contar com a presença de todas as pessoas solidárias com o nosso caso.

Um muito obrigado por todo o apoio que nos tem sido mostrado, que tem contribuido para que esta situação não passe impunemente, e que sirva de exemplo para outros e futuros casos.


Despedimento colectivo

Depois da nossa intervenção em relação à situação de abusos que se verificava no funcionamento do MUDE, e durante este período de assentamento de poeiras e verificação de reacções, recebemos hoje o e-mail que nos cessa a ligação com a Associação Aumento d'Ideias.

A Associação dispensou o serviço dos assistentes de exposição sem qualquer tipo de aviso prévio, no próprio dia, sem avançar qualquer justificação aceitável.



Fica assim consolidado o tipo de actuação que as entidades gestoras do museu têm para com os seus colaboradores.

De momento não conseguimos avançar com mais pormenores, pois isto é tudo quanto nos foi dado a saber. Não sabemos se a dispensa é vitalícia ou se será possível a contratação por outros meios.

terça-feira, 15 de março de 2011

Resposta às declarações do MUDE

Tomámos conhecimento, a partir desta notícia, de declarações feitas pela direcção do MUDE "em resposta escrita enviada à Agência Lusa", assim como do Dr. António Costa.

«"A direção do MUDE nunca foi contactada nem recebeu qualquer solicitação de reunião, reclamação de mal-estar ou notícia de descontentamento", lê-se. O MUDE admite "alguns atrasos" nos pagamentos desde maio de 2009. "Atualmente, estes estão regularizados até janeiro de 2011 inclusive, ao contrário do que veio a público", acrescenta-se. Justificando as demoras, a nota refere que a responsabilidade dos pagamentos é da Associação Aumento D' Ideias, mas corresponderam também a "alguns atrasos nos procedimentos internos da Câmara". À margem da ModaLisboa, na quinta-feira à noite, o presidente da câmara António Costa disse estar muito satisfeito com o funcionamento do MUDE. O autarca acrescentou que os problemas são "estranhos à câmara" mas que já estão "ultrapassados".»

Ora, nós entendemos que estas declarações pouco correspondem à verdade.

Assim sendo, enviámos hoje o nosso Exercício de Direito de Resposta, o qual fazemos questão de publicar:


domingo, 13 de março de 2011

Acção interventiva à porta do museu

Tomou parte, este domingo (13 de Março), durante um evento da Moda Lisboa, uma acção interventiva à porta do museu de acordo com o nosso objectivo de denúncia.





Abaixo segue o comunicado de imprensa:


quinta-feira, 10 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

MUDE agora

  • Cerca de 70 pessoas a trabalhar a falsos Recibos Verdes, "contratados" por uma Associação cultural sem fins lucrativos que faz de intermediário entre o MUDE e a Câmara Municipal de Lisboa

  • Uma equipa composta por estudantes do ensino superior e licenciados, recebendo 4,5 euros à hora

  • Pagamento irregular dos salários, com intervalos entre os 4 e os 5 meses (ver cronograma) desde a abertura do museu, em 2009

  • Despedimentos sem justa causa

quarta-feira, 2 de março de 2011

Assistentes dinâmicos e pró-activos? Aqui os têm.

Este blog é criado com o sentido de expor publicamente a situação que ocorre com a equipa de assistentes de exposição do MUDE - Museu do Design e da Moda, em Lisboa.

Esta intervenção é organizada por um grupo de assistentes com o fim de expor os métodos de funcionamento que estiveram (e ainda se encontram) em prática, desde a abertura até à actualidade.

Este blog servirá como a voz deste grupo neste âmbito, permitindo-nos actualizar informação e ter capacidade de defesa e resposta.


Os objectivos desta exposição são:
- sensibilizar e acelerar processos de resolução para que as falhas presentes no trabalho da equipa de assistentes se normalizem definitivamente, obrigando à justa e correcta valorização do seu trabalho;
- dignificar o projecto e contribuir para o prestígio da instituição na seu estrutura, gestão e funcionamento, o que actualmente não acontece nem é procurado, sem intenção de difamar ou impor uma imagem pejorativa da instituição;
- impedir que situações semelhantes sejam passíveis de ser instituídas e toleradas.


Várias denúncias têm sido encaminhadas à autoridade inspectora das condições de trabalho.
No entanto, acreditamos que as tentativas de contacto com as entidades governadoras são opções impraticáveis, dada a máquina pesada em que se tornou o nosso sistema burocrático. Assim sendo, somos da opinião que a divulgação pública poderá conceder a atenção necessária e contribuir para a mudança de uma situação que é, para além insustentável, intolerável.

Ainda, acreditamos que deve ser do interesse da comunidade o conhecimento dos métodos sobre os quais se regem as instituições camarárias, logo, esta em particular.



Pretende-se reivindicar primordialmente:
  • As falhas na remuneração da equipa de assistentes, constantes e prolongadas, desde a abertura e sem perspectivas de melhoramento;
  • Situações actuais de ameaças de dispensa aos assistentes que se manifestem insatisfeitos, bem como dispensas sumárias dos assistentes que se manifestaram insatisfeitos (acontecimentos facilitados pelo vínculo laboral ser em regime de Recibos Verdes).

Desde a abertura do museu, a situação foi passível de ser mantida na irregularidade devido à conformação por parte dos jovens. Durante todos os períodos em falta a equipa de assistentes continuou (e continua) a desempenhar as funções regulares, bem como em eventos especiais (visita das Primeiras Damas no âmbito da Cimeira da Nato, do estilista Tommy Hilfiger, entregas de prémios, etc.).


O cronograma tenta ilustrar de uma maneira muito geral as condições em que foram feitos os pagamentos:




Mesmo sem uma solução à vista, a entidade coordenadora continua a empregar mais jovens.


Concluíndo,
a entidade directora do MUDE optou por constituir uma equipa de assistentes que valorizasse o projecto e prestasse um serviço proactivo de qualidade. No entanto, nunca considerou as questões relativas ao seu pagamento. A direcção insiste em manter esta equipa sem assegurar as devidas e justas condições para o desempenho do seu trabalho.

Sendo o MUDE um centro de mobilização cultural, de reanimação da Baixa Lisboeta e um vértice de divulgação da cultura portuguesa, assim como recepção de inúmeros acontecimentos de relevante importância nacional e internacional (galardoado recentemente com prémio de Inovação e Criatividade da APOM - Associação Portuguesa de Museus e outros), é, sem dúvida, fundamental dignificar este projecto.

Pretende-se, portanto, segundo um princípio de responsabilidade cívica que se acredita obrigatória, denunciar publicamente a conduta lamentável das entidades directora e coordenadora, cujos métodos são baseados nestes princípios de exploração e abusos morais.




Seguidamente, segue a nota de imprensa, onde foi tentada a explicitação dos detalhes de toda a situação e procura ser o mais fiel e correcta aos acontecimentos possível.
Continuamos a aconselhar-nos de modo a continuar a tentar conduzir esta situação da forma mais correcta.